DA FASCISTIZAÇÃO DA VIDA À EMANCIPAÇÃO: O DIREITO AO LUTO COMO FORMA DE RESISTÊNCIA
Orion Ferreira Lima
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo refletir o fenômeno da fascistização da vida a partir da compreensão dos conceitos de biopoder e biopolítica e os seus desdobramentos contemporâneos. Nossa intenção é compreender como os mecanismos de controle da vida foram se aperfeiçoando a ponto de subjugá-la, tornando-a descartável. As atuais ideologias totalitárias que inundam o cenário democrático, travestidas de legalidade e normalidade, desestruturam os sistemas políticos e estabelecem no tecido social a lógica do terror e da violência. Por um outro lado, onde existe poder existe resistência. Sendo assim, acreditamos que o direito ao luto, entendido como direito de chorar por vidas choráveis, constitui uma das formas de resistência mais potente em tempos sombrios como os que estamos vivendo atualmente.
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