A pandemia da Covid-19 abalou todas as estruturas sociais, deixando para trás um verdadeiro caos. A princípio, os impactos tornaram-se visíveis na esfera socioeconômica, mas, não demorou muito até chegarem também à educação. Impossibilitados de trabalhar presencialmente, a maioria dos educadores se lançaram em uma corrida contra o tempo, buscando soluções emergenciais para garantir que os alunos continuassem aprendendo. Nesse dilema, as TDICs, outrora vistas por muitos como meras alegorias, passaram a ser essenciais para a promoção do chamado ensino remoto. Embora tenha sido útil no intento de suprir necessidades pontuais, esse formato pouco favorece a interação, a coautoria e a autonomia discente, além de reforçar uma relação hierarquizante, portanto, tradicional, entre professores e alunos. Diante dessa problemática, escrevemos este artigo, no calor da pandemia, com o objetivo de (1) dirimir algumas confusões quanto ao entendimento da educação remota, da educação a distância e da educação online; e (2) discutir sobre os princípios da educação online, argumentando a favor do seu emprego em contextos informáticos. Trata-se de um estudo qualitativo, através da pesquisa bibliográfica e revisão de literatura, assentado em produções científicas sobre o universo tecnocrático – Castells (1999) e Lévy (1999) – e a interatividade como um dos elementos basilares para a aprendizagem em ambientes virtuais – Pimentel e Carvalho (2020), Primo (2000), Santos e Silva (2009). Ademais, almejamos que este texto auxilie professores no desenho de percursos formativos condizentes com a cibercultura, pautados na utilização reflexiva e criativa das tecnologias digitais para fins didático-pedagógicos.