EDUCAÇÃO E SAÚDE: PERSPECTIVAS HISTÓRICAS A PARTIR DOS MODELOS COMUNICACIONAIS UNILINEAR E DIALÓGICO
Priscila Queiroz Messias, Kimberlli Silva Ferreira de Morais
Resumo
Este trabalho busca realizar uma análise sócio-histórica das dimensões comunicativas e educacionais inseridas nas práticas de saúde derivadas dos modelos assistenciais sanitarista-campanhista, médico-assistencial privatista e do atual modelo de Vigilância da Saúde. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura que busca responder à seguinte questão: Como as práticas e ações características dos diversos modelos assistenciais em saúde podem ser compreendidas a partir dos processos comunicacionais unilinear e dialógico? A coleta do material foi realizada nas seguintes bases de dados: Scielo, Medline, Lilacs e Pubmed. Têm-se que o autoritarismo das campanhas sanitárias do período republicano e as relações pautadas no tecnicismo-biologicista características do modelo médico-assistencial privatista vigente no período militar foram fortemente influenciadas pelo paradigma teóricoconceitual do modelo mecânico e unilinear de comunicação, colocando usuários do sistema de saúde em vigor na condição de objeto passivo receptáculo de abordagens e intervenções. Em oposição, o modelo dialógico inaugura uma concepção de comunicação e de sujeito que enfatiza o empoderamento, a autonomia e a transformação social. Com esse entendimento, resgatou-se sentidos e experiências constitutivas da história da saúde pública no Brasil articuladas às noções e teorias da comunicação, produzindo-se intercessões frutíferas na ampliação do saber-fazer educativo-comunicacional cotidiano no campo da saúde.
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