DO BRASIL AO CHILE: REFLEXÕES SOBRE A RESISTÊNCIA SECUNDARISTA LATINO-AMERICANA
Julia Rocha Clasen, Livian Lino Netto, Aline Accorssi
Resumo
Este trabalho busca refletir sobre o movimento de ocupação secundarista a partir da ação que ocorreu em dois momentos, em 2006 no Chile, com o movimento que ficou conhecido como Revolta dos Pinguis, e em 2016 no movimento nacional de ocupação das escolas brasileiras. Esses dois distintos momentos apresentam formas de ação e organização escolar que se demonstram semelhantes. Neste sentido, questionamos com este trabalho: quais as proximidades e possibilidades políticas decorrentes destes dois movimentos, a Revolta dos Pinguins no Chile (2006) e as Ocupações Secundarias no Brasil (2015 e 2016)? Compreendendo que o repertório político constituído pelos/as estudantes secundaristas no Brasil apresentam referências e formas de atuação que declaram a interligação com o movimento chileno na construção do seu repertório político. Constituindo assim uma resistência latino-americano que expressa também o aprendizado com o outro presente na luta das/os secundaristas. Por fim, concluímos que essas possibilidades políticas na relação entre ambos os movimentos têm um sentido conscientizador dos sujeitos e formativo de uma resistência que não é pontual, mas historicamente fundamentada e apresenta na atual conjuntura possibilidades de construir outros contextos.
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