Este trabalho tem como objetivo analisar de que modo à proposta curricular, as atividades didáticas, pedagógicas e seleção de conteúdos influenciam na formação da consciência moral para o desenvolvimento humano dos sujeitos. Posto isso, pretende-se trazer reflexões acerca dos seguintes questionamentos: o processo formativo escolar tem contribuído para a construção do pensamento crítico dos estudantes? De que forma as experiências e a relação com os saberes adquiridos na escola atuam na formação de valores dos estudantes? Para isso, discutiremos a axiologia e ética numa perspectiva de entender as práticas de ensino que mudaram com a Reforma do Ensino Médio. Como aporte teórico, foram utilizados Bobbio (1986; 1982), Menin (2002), Saviani (2011), Libâneo (1984; 2003), Freire (1996), La Taille (2009), Veiga (2009), Gatti (2010), André (1985), Moresi (2003), Moehlecke (2018), Charlot (2000), entre outros. A metodologia pautou-se no estudo de caso do tipo etnográfico a partir de uma abordagem qualitativa, cujos dispositivos foram: entrevista semiestruturada, observação e análise documental. Os resultados desse estudo indicarão que a dimensão formadora da escola não assegura a formação crítico-reflexiva dos alunos para uma consciência da moral. Coteja-se ainda, um dilema na formação dos professores, porque ainda que se tenham práticas pedagógicas a partir da realidade sociocultural dos educandos existe um currículo com ideologias e um sistema de ensino que não oportuniza a consciência moral e crítica dos alunos.