ITINERÂNCIAS DOS JOVENS DO CAMPO PARA UMA ESCOLA DA CIDADE: RITOS DE PASSAGEM E DESLOCAMENTOS
Resumo
Este artigo é resultado de uma aproximação inicial com o campo de pesquisa e propõe estudos sobre os jovens estudantes do campo que estudam numa escola da cidade, considerando a juventude como uma categoria dinâmica que é marcada pela diversidade cultural e por condições de acesso a bens econômicos, educacionais e culturais de forma desigual. Deste modo, o trabalho tem como objetivo fazer uma análise das dificuldades enfrentadas pelos jovens do campo ao chegarem na escola da cidade, tendo como proposta metodológica a pesquisa qualitativa por meio das pesquisas pós-criticas em educação, através dos estudos pós-colonialistas e pós-estruturalistas, utilizando-se como dispositivo um questionário especificado como escala de valor, para construção das informações. O presente texto busca, ainda, discutir outras questões relativas à diversidade, identidade e diferença entrelaçando aos pressupostos teóricos pós-críticos a partir dos diálogos contemporâneos sobre a juventude e suas ruralidades ou identidades sociais. As reflexões aqui explicitadas consideram que a juventude, por definição, é uma construção social na busca por maiores espaços de expressão e afirmação de suas identidades culturais. Em se tratando dos jovens do campo, percebe-se que estes se sentem atraídos pelo espaço da cidade trazendo a necessidade de repensar as práticas pedagógicas desenvolvidas pela escola a fim de valorizar as expectativas e necessidades dos estudantes das comunidades do campo e suas histórias de vida.
Palavras- chave: Educação do campo. Identidade. Juventude.
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