DESCOLONIZANDO AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS À LUZ DA LEI 10.639/03
Gabriela Araújo de Santana Lisbôa, Nayara Cardoso de Oliveira
Resumo
Enquanto uma ciência europeia se constituiu como a única capaz de produzir saberes e se tornou dominante, outras formas de produção de conhecimento não ocidentais foram marginalizadas, especialmente as de povos colonizados da África e América Latina. Assim, os currículos passam a ser um dos territórios de enfrentamento entre grupos hegemônicos e grupos subalternos. A descolonização do conhecimento e dos currículos oportunizará que a escola seja mais plural e democrática. Nesse sentido, o presente relato de experiência visa apresentar resultados da execução de um projeto de leitura desenvolvido em uma escola no munícipio de Santo Estevão, a partir dos preceitos da Lei 10.639/03. Para o embasamento teórico, utilizamos autores/as como GOMES (2011 e 2012); MACEDO (2018), MUNANGA (1999), entre outros. Discutir descolonização do saber, do currículo e das práticas pedagógicas nos leva a pensar nas práticas efetivas para uma educação antirracista. A Lei 10.639/03 pautou o que muitos livros didáticos deixavam de fora nas escolas: a história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura e o papel do negro na formação da sociedade nacional. É importante nesse sentido que os professores trabalhem questões raciais, culturais e de representatividade com toda a comunidade escolar.
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