O presente resumo tem como objetivo geral, compreender a percepção docente em relação às práticas antirracistas na educação infantil, bem como analisar a questão da diversidade étnico-racial no chão da instituição, e refletir sobre possibilidades de uma pedagogia decolonial. A pesquisa é de abordagem qualitativa, com caráter exploratório, como técnicas de coletas de evidências, foram feitos levantamentos bibliográficos e questionários via Google forms, com perguntas abertas e fechadas. Os sujeitos da pesquisa foram 10 professoras da Educação Infantil, atuantes na rede municipal de ensino de Cristalina-Go. Diante da pesquisa, evidenciou-se que a percepção das professoras, em relação ao tema é de fundamental importância para sua formação inicial e continuada. Foi perceptível que a diversidade étnica já acontece no espaço escolar, 40% das docentes trabalham em datas comemorativas, 40% diariamente, 10% mensalmente e 10% quinzenalmente. Outro ponto importante sobre o resultado da pesquisa é em relação ao racismo na infância, 30% das entrevistadas acreditam não existir racismo na infância, algo que denuncia a urgência em abordar a questão de forma fundamentada e com maior frequência nos espaços escolares. No tocante a abordagem da diversidade étnico-racial no currículo escolar, 80% afirmaram que a questão é contemplada e 50% delas acreditam que não há dialogo contundente sobre a temática. Portanto, conclui-se que a diversidade étnico-racial, precisa ser dialogada de forma mais incisiva e crítica no espaço da educação, sendo necessário e urgente construir outras pedagogias para além da hegemônica. Desta forma, buscando valorizar outras formas de produzir conhecimento, percebendo o epistemicídio e o racismo enraizado em nossas práticas no ambiente escolar, promovendo práticas antirracistas efetivas para a construção de uma educação diversa, de fato.