TRAJETÓRIAS DE VIDA E PRÁTICAS EDUCATIVAS: MULHERES IDOSAS ATRAVESSADAS POR SABERES CONSTRUÍDOS EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS
Flávia Lorena da Silva Oliveira
Resumo
A história de exclusão e confinamentos que as mulheres enfrentaram e por vezes enfrentam foi uma das principais características que impulsionaram essa investigação, para isso, esse trabalho teve o objetivo de conhecer a trajetória de vida de mulheres na terceira idade, bem como compreender e analisar práticas educativas vivenciadas por elas dentro de espaços não formais. Como caminhos metodológicos foi utilizada a abordagem qualitativa, que na coleta de dados tomou como método a observação, diário de campo e entrevista semiestruturada. Por meio da trajetória foi possível perceber como as idosas dos grupos não formais são atravessadas por práticas educativas que eram proporcionadas nos grupos de convivência, como as associações e sindicatos. Nas entrevistas, as mulheres mencionaram um conhecimento que só foi possível após adentrarem os espaços não formais, uma vez que, foram muitas vezes proibidas e excluídas diante de uma sociedade patriarcal que subjugava e inferiorizava a figura feminina. Por fim, os espaços não formais são responsáveis nesse contexto por possibilitar uma aproximação dessas mulheres a cultura letrada, política, liderança, e tantos outros conteúdos, nessa linha, as práticas educativas dos espaços frequentados pelas idosas ofertavam discussões com temas diversos, associativismo e engajamento em movimentos sociais, o que levou essas mulheres a construírem uma identidade crítica, reflexiva, livre e subjetiva.
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