O LEGADO DE PARTEIRAS TRADICIONAIS: MEMÓRIAS E SABERES DE MÃE XANDA NO MUNICÍPIO DE LAFAIETE COUTINHO – BA
Paulo Roberto Nogueira Silva, Bruna Vitoria Nascimento Nogueira
Resumo
O pressente trabalho investiga, em uma perspectiva teórica e interpretativa como Alexandrina Constantina da Silva “Mãe Xanda” construiu sua imagem de parteira, mulher negra, viúva, em uma sociedade branca e patriarcal. Além de exercer o ofício de parteira Mãe Xanda também prestava uma assistência marcada pelo carinho, pelo afeto e amizade que tinha com as famílias, sendo que em alguns casos fez partos de pessoas de sua família (sobrinhas e netas), sempre obsequiando a todos com bom humor, sempre atuando com muita competência e capacidade mesmo não tendo escolaridade e nenhum conhecimento acadêmico e cientifico. Faz-se uma contextualização histórica sobre o legado das parteiras tradicionais, o oficio de partejar que durante muito tempo contribuiu de forma crucial para milhares de mulheres que necessitavam de sua ajuda, de seu toque para trazer o seu filho ao mundo. Trata-se de uma pesquisa social, qualitativa, empírica, que utiliza-se da metodologia da história oral e de abordagem narrativa de antigos moradores do então distrito de Três Morros e do atual município de Lafaiete Coutinho – Bahia, que põe em evidencia o ofício de Mae Xanda durante 49 anos de atuação.
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